domingo, 22 de junho de 2014

Sorria...

"Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria." Carlos Drummond de Andrade

Não sei explicar porque é importante sorrir, só sei, por experiência própria, que este complexo movimento facial nos abre as portas das possibilidades. Nem sempre temos vontade de fazê-lo, ao invés disso gostaríamos de chorar, chorar sem parar até qualquer dor ou lembrança passar, mas chorar não ajuda, as lágrimas embaçam a visão, o alvo perde o foco e podemos nos perder no caminho. Sorrir ainda é a melhor saída.

Sorria:
- com a sua alegria e a alegria alheia;
- com o sorriso de uma criança;
- com a piada de um amigo;
- com o nascer e o pôr do sol;
- porque acordou mais um dia;
- porque lhe foi concedida a oportunidade de recomeçar, de se desculpar e perdoar;
- porque existem pessoas que dependem do seu sorriso;
- porque você, entre milhões, é único e singular.

Mesmo sem qualquer razão, apenas sorria...sorria...sorria...

Um abço a tod@s
Por Priscila Messias

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mulher indignad@

"No pensamento ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do que o homem, explica Leila Ahmed, especialista em estudos da mulher e do Oriente Próximo da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. "Um 'infiel' pode se converter e se livrar da inferioridade que o separa dos 'fiéis'. Já a inferioridade da mulher é imutável", escreveu Leila num ensaio sobre o tema, em 1992."¹

Estava eu...aqui no meu cantinho, quando um homem, infeliz, veio até mim e disse que eu sou louca, que deveria mudar meu modo de pensar e de agir, que deveria mudar minhas convicções em ser uma mulher independente, porque eu preciso de um homem. Fiquei aborrecida e pasmada em ter que ouvir isso. Mas, não satisfeito ainda acrescentou que ele não ficaria comigo enquanto não me adequasse aos padrões (de décadas atrás) de uma mulher submissa que ama o seu parceiro acima de si própria e de qualquer outra coisa. Recebi esse comentário como ofensa, mas me inspirou a escrever um novo post.

Fico estarrecida em ainda ouvir esse tipo de argumento de homens jovens e esclarecidos, homens estes que acham que eu deveria me contentar em ser uma mulher sub só pelo medo de que eu seja sob, se não tem nada melhor a dizer, cale a boca! Criticam o fato de eu pagar minhas contas através do meu trabalho, desdenham das minhas conquistas diárias, e me ridicularizam pelo fato de não querer parecer com suas mães e avós.

Concordei com parte do comentário no ponto em que preciso de um homem, mas num parâmetro bem diferente ao que ele mencionou. Só preciso de um ser humano masculino, porque sou heterossexual, pois se fosse homossexual, eu precisaria de uma mulher. Eu preciso de um homem sim, mas não para ter alguém pra pagar minhas contas, resolver meus problemas ou usar uma furadeira para pôr um quadro na parede, isso faço sozinha. Preciso de um homem para me fazer companhia nos momentos de solidão, alguém que me ame, me respeite e que queira estar ao meu lado apenas porque minha presença lhe faz bem.

Mas minha indignação não se limita apenas a esses homens, mas também às mulheres que ainda defendem esse tipo de ponto de vista. Não erro em dizer que essas ainda continuam com esse discurso apenas por estarem acomodadas, porque é muito mais fácil ter alguém para pensar e agir por elas. Só que elas não entendem que no mundo em que nós vivemos apenas os fortes e corajosos sobrevivem, os demais subexistem, só que o que me difere delas é o fato de que eu quero viver, e viver plenamente.

Se minhas "amigas" que defendem o papel de mulherzinha submissa seguissem de fato o modelo de submissão e contentamento, elas deveriam agir como as mulçumanas de forma bem diferente da adaptação ocidental para o real significado da palavra submissão(Ato ou efeito de submeter./Obediência voluntária; sujeição: submissão perfeita./Humildade, humilhação, passividade,subserviência.²). Sejamos honestas, uma pessoa inteligente não se sujeita a obediência a outra apenas pelo fato de ser homem.

Mas assim a vida segue, elas enganam seus parceiros, fazendo-os acreditar que são suas cadelinhas e eles acreditam nesse teatro, que apenas adia algumas discussões e insatisfações. Acho que os homens poderiam frequentar algumas rodas femininas (desfarçados, claro!!) e ouvir cada jeitinho feminino que temos para conduzi-los como nos apraz.

Como eu não tenho vocação para o estrelato e a atuação não é o meu forte, o modelo de mulher submissa não me serve. As mulheres já provaram diversas vezes que não precisam de donos.

Sou feminista e acredito no direito a igualdade de pessoas, independente do sexo. Penso que podem existir modelos de relacionamento onde homem e mulher sejam co-iguais e co-parceiros que visam o sucesso de uma relação a dois.



Entao...fica registrada minha indignação, e só não queimo sutiens porque eles estão absurdamente bonitos e caros.

Bjs a tod@s

Por Priscila Messias
_______________________________________________________
¹http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/islamismo/contexto_debate.html
²http://www.dicionariodoaurelio.com/Submissao.html

Verdades...

"A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. (...) a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade."¹


Existem pessoas que têm medo de se revelarem ao mundo, demonstrar suas fraquezas e erros, enfrentar as críticas para viver o que de fato lhes fazem felizes e as tornam melhores. Eu não sou assim, e vou expor o meu lado da história.

Amei um homem, e mentiria se dissesse que ainda não o amo. Com ele cresci, descobri e conheci pessoas e lugares, aprendi que o amor liberta, ensina, que nos faz felizes, mas que também machuca e faz chorar. Senti a dor da traição, o veneno da vingança e a redenção do perdão. Não me envergonho de assumir, que acreditei e ainda acredito em doces palavras. Sei que o seu corpo ainda pede pelo meu, seu coração não o deixa mentir quanto a isso, embora lute contra essa necessidade. Seus atos e palavras ainda me atingem e ferem, mesmo que sem a intenção de fazê-lo.

Fui criticada por expor meus sentimentos, por, de alguma forma, expô-lo ao mundo que nos cerca, mas se eu não escrever sinto que vou adoecer, não me importo de ser mais uma personagem da vida real. Sei que um dia tudo irá se ajeitar, mas enquanto não acontece, apenas transformo em palavras o que outros demonstram através de atitudes destrutivas ou violentas. Escrever me liberta, libera os sentimentos que não devem permanecer dentro de mim.

Mas, vejo que em tudo existe um lado positivo, e tenho aprendido na prática a ser resiliente. Sabe o que significa isso meu bem? Que eu sou capaz de me reinventar a cada dia, e isso devo a você, pois tenho podido provar pra mim mesma que sou capaz de realizar o que eu quiser. Descobri que sou uma sonhadora, uma escritora e uma poetiza, que minha dor e alegria pode vir servir de deleite apenas ou de acalento para quem vive ou viveu o mesmo que estou vivendo.

Tomei como objetivo da minha vida o conselho de uma pessoa que me disse que essa experiência, esse momento da minha vida pelo qual estou atravessando, apenas vai me fazer mais forte e mais madura, e que, daqui a dez anos, quando eu olhar pra trás poderei ver a mulher extraordinária que eu sou.

Não te odeio, apesar de achar que deveria, apenas entendo que nesse momento você precisa ler e meditar nessas palavras.

Um bjo no ombro a quem venha interessar e um forte abraço a tod@s que acompanham o blog e concordam ou discordam das minha humildes palavras.

Por Priscila Messias

___________________________________________________
¹http://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia)

domingo, 8 de junho de 2014

Tarde de domingo

Estou cansada, já nem tenho mais lágrimas para chorar. As esperanças e sonhos de viver uma linda história de amor, um conto de fadas, já não existem; só vejo à minha frente a difícil realidade de uma vida solitária. Meu coração já está tão ferido, pra que feri-lo mais? Me deixe sofrer em silêncio, assim meu coração irá se curar sozinho, como deve ser.

Não preciso que bagunce minha vida, eu posso fazer isso sozinha, e não diga que quer fazer parte da minha história se não tem certeza de que é isso que de fato quer. Você usa minhas vulnerabilidades para me atingir, porque você as conhece como ninguém e isso é pura covardia, ninguém tem o poder de me deixar tão impotente, isso é apenas uma constatação de que ainda te amo, apesar de achar que você não mereça esse amor.

Sabe?!? Não busco um grande amor ou uma história digna de romances, só queria estar vivendo uma vida simples ao lado de uma pessoa que quisesse estar exatamente ali, junto a mim. Só quero ter com quem contar, pra quem recorrer nos momentos de incertezas, alguém com quem eu possa sonhar e idealizar uma vida melhor.

Acho que isso não tem mistérios, nem maiores dificuldades, mas você insiste em pôr um mundo de prioridades à frente de nossa felicidade. Por favor, vá embora! Vá viver sua vida cheia de incertezas com quem esteja disposto a isso, só quero poder voltar a sorrir.

Vou fechar os meus olhos e tentar, pelo menos em meus sonhos, viver essa minha idealização, e que amanhã, ao acordar, pelo menos o sol volte a brilhar pra mim.

Por Priscila Messias