sábado, 20 de abril de 2013

Não precisa ser fruta pra ser fútil!

Hoje estava num pronto socorro local, e me deparei com uma cena que me fez questionar: "por que essas mulheres continuam tão fúteis e superficiais?", e acreditem, não estou me referindo às meninas padronizadas de cabelos longos lisos e microsaias, mas sim à jovens senhoras distintas: mulheres casadas de índole inquestionável.

Como estava sozinha aguardando no hall do hospital, minha atenção na conversa alheia foi automática, e então pude participar indiretamente de uma conversa sobre culinária, depois sobre o clima e ao final ouvi deboches sobre alguma outra pessoa que não estava naquele local. Claro, que todos nós mortais temos momentos de falar da vida alheia, mas, analisando me fiz outra pergunta: "por que perdemos tanto tempo de nossas vidas preocupados com o outro?" E vale destacar que essa preocupação não está voltada para o bem-estar ou a saúde alheia, mas no sentido de nos colocar como juízes com o direito de deliberar suas sentenças de morte.

E o que mais me intrigou era que as duas mulheres eram bonitas e jovens, apresentavam uma condição social e intelectual favoráveis de acesso ao conhecimento, mas o que elas de fato exibiam eram suas alianças na mão esquerda como um troféu, como se isso fosse um passaporte para a vida perfeita e feliz. Por que ainda as pessoas continuam a se iludir com o Status se estamos na era do conhecimento? Isso me deixa de fato angustiada, porque busco romper com isso tudo e ir em direção ao crescimento intelectual e cultural, e nesse aspecto sinto-me como um peixe nadando contra a maré, que precisa fazer muita força pra seguir alguns centímetros se conseguir romper contra a força da água.

Lembrei-me da época de escola: havia na minha classe uma jovem extremamente inteligente e dedicada aos estudos, sempre alcançava as melhores notas e premiações, tínhamos inveja da garota, confesso, mas depois da formatura de ensino médio não tive mais notícias dela. Alguns anos mais tarde a vi, levando seus filhos pra escola e quando nos falamos ela me contou a respeito das conquistas do marido, de como os filhos eram inteligentes e só... nada a seu respeito. Aquela jovem brilhante e dedicada não existia mais, pelo menos naquele momento.

Então por que continuar a luta pelos direitos de igualdade, se essas mulheres apenas precisam saber cozinhar, cuidar da casa e família e ser fiéis a seus esposos? Por que, ainda, em pleno século XXI, era da informação e tecnologia continuamos fúteis e vazias como há séculos atrás? Por que nos deixamos ser subestimadas a todo momento por nossos maridos, pais e amigos?

Mulheres, vocês são tão (ou até mais) capazes que qualquer homem para encarar a vida, temos todas as características necessárias para sobreviver nesse mundo cão no qual estamos, então, vamos mudar esse quadro e buscar conhecimentos para podermos elevar o nível intelectual de nossa sociedade.

Queria muito acreditar que isso é possível!

Abço a tod@s
Por Priscila Messias

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